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Educação financeira estimula baixo consumo familiar

por aluno última modificação 11/12/2015 15h21
Especialistas explicam os efeitos de quem compra em excesso e dão dicas de como preparar o orçamento familiar

Publicado em 04/12/2015 08h30

Última atualização em 11/12/2015 15h21

Educação financeira estimula baixo consumo familiar
Queda de consumo familiar caiu na cidade, segundo Fecomércio - Foto: Gienyfer Rosario/RRO

GIENYFER ROSARIO
REBECA SABATINI
Especial para o RROnline*

Você já parou para pensar sobre o consumismo?

Existem diversos tipos de consumos. Aquele que é necessário para o nosso dia-a-dia, como alimentos, roupas, remédios etc. E aquele que é supérfluo, ou seja, voltado a suprir às vontades - e não necessidades - do consumidor de possuir ou adquirir algo, como roupas de marca, TV por assinatura, idas à restaurante. Por serem produtos considerados mais atrativos, em que a mídia trabalha na divulgação deles, se tornam produtos com fácil acesso de consumo.

A auxiliar de classe Andréia Ribeiro, 40, afirma que sua família consumia muito, porém isso mudou nos últimos anos. Segundo ela, deve ser valorizado o que realmente é importante, impondo prioridades. “Tentamos fazer um planejamento contendo valores de entradas e saídas. Anotamos tudo e vamos cortando gastos desnecessários. Não é nada fácil”, afirmou a auxiliar.

De acordo com o economista Cirineu Diório, 28, ele acredita que, quando ocorre uma crise, o primeiro mecanismo de defesa de uma família seria a substituição, ou seja, a troca de bens e serviços, por algo similar, porém com um valor menor que esteja dentro do seu orçamento. “É importante observar que existem pequenas empresas que funcionam de forma sustentável."

Para que o consumo consciente seja adotada pela família, é preciso que tenha bastante conversa sobre o assunto. A cooperação de todos é vital para o sucesso.

O consumo familiar caiu cerca de 38%. Veja:

Meio ambiente

O consumo acima do orçamento pode não só afetar ao bolso das famílias, mas também o meio ambiente, como afirma o ambientalista Luiz Fernando Luz, 23. “A natureza é extremamente atingida pela cultura consumista, é dela que é retirada a matéria-prima, e esses produtos se renovam em um curto período de tempo, alterando o estado natural do meio ambiente demasiadamente e produzindo também muito resíduos sólidos que muitas vezes não são recicláveis”, disse Luiz.

Para o profissional, no ato da compra, o consumidor deve verificar se a matéria é reutilizável para outros meios, ou se ainda há formas de conserto, para simplesmente não ser descartada em nome do luxo e do consumismo exagerado. “É sempre bom se informar qual é a posição das empresas em relação a causa ambiental”, afirmou.

O próprio consumidor pode cooperar com o meio ambiente, por meio do consumo sustentável. Como separar lixos recicláveis de orgânicos, fazer uso de sacolas ecológicas, comprar eletrodomésticos que consumam pouca energia, separar baterias, pilhas e outros produtos químicos do lixo comum para que não contaminem o solo.

Como se preparar financeiramente

Uma das preparações financeiras importantes para as famílias é não gastar tudo aquilo que elas recebem, formar algum tipo de reserva. “A preparação financeira, é mais do que simplesmente poupar, ela passa para entender qual o tipo de consumo que as pessoas devem abrir mão ou não, para a qualidade das suas famílias”, afirmou Diório.

Mesada estimula a educação financeira. Ouça a reportagem:

*Esta reportagem foi produzida por alunos de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo

 


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