nov 2014 27

Mais de 20% dos empregados no ABC são recolocados internamente

Um a cada cinco empregados no ABC paulista (mais exatamente 21,9%) é aproveitado nas recolocações internas das empresas e é também nessa ordem de grandeza que se concentram, em média, dois extremos de tempo de permanência no emprego: 19% estão há mais de 10 anos na mesma organização e 23% há menos de um ano.

Os benefícios de retenção de funcionários no Grande ABC vão desde oferecimento de previdência privada a todo o quadro (cerca de 14% empresas têm essa iniciativa) até oferta de empréstimo consignado (85,7%) e de veículos para o staff executivo (35,7%), como demonstra pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo.

O levantamento foi realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Carreiras, Liderança e Competências (GEPeCLiC) do Programa de Pós-Graduação em Administração da universidade em parceria com o GAPER, tradicional grupo de Gestão de Recursos Humanos da região. Trata-se da 15ª. edição da pesquisa, mas é a primeira sob organização da Metodista, que pretende conferir critérios mais científicos e atualizados ao panorama da gestão de pessoas no ABC, como explica o diretor da FAE, Luciano Venelli (foto).

“Não queremos falar só de remuneração, mas de gestão estratégica de pessoas. Pretendemos que o setor de Recursos Humanos seja realmente importante como fonte de informações essenciais para a administração de uma empresa. Em 2015 vamos migrar para a plataforma web, informatizando todo o processo de coleta e tabulação”, anuncia professor Venelli. Fabio de Mello, do GAPER, acrescenta que a pesquisa ganhará massa a partir da aguardada junção na Associação dos Gestores de RH (AGERH) dos quatro grupos de pesquisa e recrutamento do ABC.

Os indicadores de RH foram extraídos em 2013 de 14 empresas, mas representativas do universo econômico da região, já que juntas empregam 14.565 colaboradores. O faturamento de 11 destas empresas é de cerca de R$ 3,5 bilhões. Chegou-se à média de que cada funcionário fatura R$ 274.024,55 para sua empresa anualmente.

Baixo treinamento

Um dado relevante detectado na pesquisa é o baixo valor investido em treinamento: R$ 281,57 em média por colaborador, ou 13,5 horas. Não foi possível detalhar nessa mostra se o aporte foi sobre profissionais de alto potencial ou não. Também surpreendente é que apenas 14,3% das empresas fazem análise do impacto do treinamento na sua produtividade.

Outra conclusão que chama atenção é que de um universo de 13 mil funcionários (de empresas que responderam a esta questão), apenas um tem doutorado e seis, mestrado. “É um indicador sério de como a academia não está dentro das empresas. Há um pensamento de que mestres e doutores têm que estar nas universidades, e não dentro das empresas fazendo pesquisas. Muitas empresas desconhecem que o governo paga bolsas para esses pesquisadores”, cita professor Venelli. Ainda sobre nível de escolaridades, 10% têm ensino superior e 68% ensino médio completo.

Empresas interessadas em integrar a pesquisa de 2014 podem entrar em contato com luciano.costa@metodista.br (tel 4366-5832) ou fabio.mello@nesic.com.br (tel 2065-2260).

Veja a apresentação aqui.

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