dez 2011 06

Reflexões sobre gestão estratégicas de pessoas

Autor: Adm. Warton da Silva Souza - Mestre em Administração – PPGA – Universidade Metodista de São Paulo

Face a dinamicidade das organizações modernas ameaçadas por constantes mudanças tecnológicas, políticas e econômicas faz-se necessário que as mesmas alcancem desempenho superior ao de seus concorrentes. Para enfrentar estes desafios, as estruturas organizacionais, outrora projetadas para o controle dos seus empregados, têm sido paulatinamente repensadas, para que os empregados assumam maior amplitude em suas funções. A força de trabalho se tornou um foco estratégico, pois dela dependem as organizações para alcançar as metas estabelecidas. Sem a busca por ferramentas que propiciem melhorias constantes, fundamentais na luta por sobrevivência, as organizações sucumbem. Para as organizações contarem com uma força de trabalho que apresente habilidades para assumir tarefas cada vez mais complexas, devem desenvolver uma gestão estratégica de pessoas.

O termo gestão de pessoas adquiriu seu espaço necessário, levando em consideração que atualmente às organizações estão inseridas no contexto de valorização das pessoas, as mesmas são tidas como o recurso intangível responsável pelo sucesso ou insucesso das organizações.

Neste contexto, muitos trabalhos científicos foram desenvolvidos com foco no indivíduo, principalmente no que tange ao seu desempenho. As organizações têm se adequado a este cenário, levando em consideração a necessidade de recursos humanos qualificados. O que outrora era tido como o necessário, já não faz parte das necessidades organizacionais, dessa forma, ações padronizadas, em muitas vezes, não atendem e não oferecem resposta à altura das contingências que as organizações estão inseridas. Os indivíduos passaram a ser o melhor e único caminho para o alcance dos objetivos das organizações.

De acordo com vários estudos e pesquisas, existe grande dificuldade em se encontrar um ponto de equilíbrio no atual cenário no qual as organizações estão inseridas, sendo exatamente o fator humano esse ponto de desequilíbrio.

Entender o comportamento organizacional dos indivíduos tem sido um grande desafio para a área de administração, levando em consideração que há necessidade de contribuições no que se refere à compreensão do comportamento dos indivíduos nas estruturas organizacionais. O fato dos indivíduos conhecerem muito pouco de si mesmos constitui uma das principais razões pelas quais as organizações, em períodos de crise, permitem a evasão dos problemas. Os indivíduos não se questionam quanto à sua competência ou incompetência coletiva e carecem de valor ou vontade para examiná-las.

Neste contexto, acreditamos ser de fundamental importância uma reflexão sobre o próprio papel que os indivíduos representam nas organizações e sobre a consciência que deve surgir do próprio indivíduo. O mesmo precisa estar consciente do seu papel na organização e de sua contribuição no processo de desenvolvimento organizacional. No entanto, para que isso venha a ocorrer, as organizações devem investir em suporte para que estes indivíduos sintam-se apoiados e desta maneira, possam desempenhar melhor suas funções e proporcionar melhores resultados em suas atividades e nos processos da organização.

Uma constatação que se faz é de que as organizações mantêm determinadas políticas de gestão desses recursos humanos sem considerar, em muitas vezes, as pessoas como diferenciais competitivos, sem existir preocupações de fato com elas. Tais episódios ocorrem mesmo os gestores tendo a convicção de que para alcançar um desempenho satisfatório necessitam de pessoas comprometidas, satisfeitas e envolvidas com o seu trabalho.

Uma grande reflexão que podemos fazer no que tange a gestão estratégica de recursos humanos é provocar a percepção da necessidade de desenvolvermos uma nova maneira de pensar, dentro de uma nova visão sobre a forma de gerenciar colaboradores, criando um sistema de valores, tanto para atender a organização quanto aos colaborados, correspondendo suas atuais necessidades.

BIBLIOGRAFIA BASE

MARRAS, J. P. O gestor estratégico de pessoas: um novo profissional. In: Modelos e inovações em estratégias. (Org. Kramer C. B. e Almeida, M. R.). SBC: Metodista, 2007.

 

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