Contribuições das pesquisas acadêmicas brasileiras para o ensino da língua portuguesa escrita para surdos
Resumo
O presente artigo visa apresentar as contribuições das pesquisas brasileiras para o ensino da língua portuguesa escrita para alunos surdos. Embora existam recomendações às escolas quanto ao ensino da língua portuguesa para alunos surdos (MEC, 2003; BRASIL, 2005), algumas pesquisas concluíram que o ensino da língua portuguesa nas escolas brasileiras sem adaptações metodológicas, mesmo quando composta por alunos surdos e ouvintes (RAZUK, 2011; WITKOSKI, 2011; SAMPAIO, 2012; SPERB, 2012). Pesquisadores apontaram a pouca interação entre o professor ouvinte e o aluno surdo (RAZUK, 2011; SAMPAIO, 2012), a influência da estrutura linguística da Libras na construção dos textos escritos em língua portuguesa pelo aluno surdo (LIMA, 2011; LEAL, 2012) e a falta de subsídios fonológicos para a produção textual do surdo. As pesquisas ainda nos levaram a refletir sobre a relação intersubjetiva do sujeito surdo com a fala-língua (ZAJAC, 2012) e ressaltaram a análise da temática para além das práticas pedagógicas. Conclui-se que, mesmo após a regulamentação da educação dos surdos, os desafios à produção textual desses sujeitos demonstram distanciamento entre o que se diz (recomendações e legislações) e o que se pratica. Tais constatações corroboram para a criação de propostas educacionais para a aprendizagem do aluno surdo, reestruturação da formação docente a fim de se atender também essa demanda e pesquisas futuras.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15601/f@d.v10i1.1318
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