Existência e inexistência de um corpo negro violável: o racismo dos processos comunicativos
Resumo
O corpo, como primeira instância das formas de existência e inexistência, é marcado por relações de poder e processos de exclusão. Essa é a determinação, feita pela lógica dominante e pela ordem normativa, de um corpo de direitos e de um corpo que pode ser violado. O corpo negro é, portanto, estigmatizado e relacionado a uma imagem negativa, que o associa à marginalidade, à suspeição e ao banditismo. Os processos comunicativos do dia-a-dia promovem uma política de negação do corpo negro e, ao mesmo tempo, limitam os lugares que ele pode ocupar. Para incorporá-lo ao corpo social normativo, o corpo negro é submetido a processos de branqueamento. Tais processos corroboram a reafirmação do racismo e das hierarquias sociorraciais presentes na realidade brasileira. Se o corpo negro não está nos lugares fixos que lhes são permitidos, então ele é negado e pode ser violado.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2175-7755/cs.v40n3p217-240
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