WhatsApp, política mobile e desinformação: a hidra nas eleições presidenciais de 2018

João Guilherme Bastos dos Santos, Miguel Freitas, Alessandra Aldé, Karina Santos, Vanessa Cristine Cardozo Cunha

Resumo


Iniciamos esta pesquisa a dez meses das eleições executivas de 2018, período no qual investigamos o comportamento coletivo de 90 grupos de WhatsApp interconectados e de apoio aos seis principais presidenciáveis, bem como os mais de 500 mil textos e imagens enviados pelos usuários, através dessa ferramenta, durante os cinco meses de campanha eleitoral. Com este estudo, identificamos que o alcance ampliado do aplicativo se dá através de sua viralização contra-intuitiva, consequência direta da interconexão estrutural desses grupos. Diante disso, confirmamos nossa hipótese sobre a importância das características e das topologias da rede para uma compreensão aprofundada sobre a desinformação em larga escala via WhatsApp. Como resultado, reconhecemos quais métricas da rede são bem sucedidas na previsão e caminhos preferenciais para a circulação da desinformação segmentada e possibilidades de rastreio de fontes originais das notícias.

 


Palavras-chave


Whatsapp; viralização; FakeNews; eleições presidenciais 2018

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DOI: https://doi.org/10.15603/2175-7755/cs.v41n2p307-334

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