Apresentação
Resumo
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Há muito se falava sobre a necessidade de publicarmos uma revista teológica da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista – Umesp. Em 2000, como coordenador da Editeo, apresentei formalmente à reitoria e ao conselho editorial, a proposta de publicarmos este periódico acadêmico. O então reitor, Prof. Clovis Pinto de Castro, bem como todo o Conselho Editorial, apoiou imediatamente a idéia e, em pouco tempo, estávamos prontos para lançar a publicação.
Durante o processo, surgiu a discussão sobre o nome que batizaria a revista. Foi então que ousamos recuperar uma história e uma tradição do serviço que a Faculdade de Teologia presta à Igreja. Como está relatado no editorial do “primeiro” número, a atual Revista Caminhando tem uma história que remonta ao ano de 1982, quando, por decisão da Área Nacional da Igreja Metodista, e a partir de iniciativas de docentes da área teológica, nasceu uma publicação cujo foco principal era a qualificação do corpo ministerial da Igreja. Por razões várias, ainda a cargo da Área Nacional da Igreja, a revista deixou de circular a partir da sua 7a. edição.
No final de 2000, dialogamos com a Igreja sobre nossa intenção de publicar uma revista teológica e de que seria muito significativo se pudéssemos retomar a trajetória da revista Caminhando – com nova proposta editorial, mas ainda com o mesmo espírito. Foi assim que, com o assentimento encorajador da Área Nacional da Igreja Metodista, o apoio do Reitor e do Conselho Editorial da FaTeo, surgiu, em julho de 2001, o número 8 da nova revista Caminhando.
O sucesso da iniciativa se verifica pela periodicidade da publicação, que a princípio pretendia ser anual, mas que, pelo volume e a qualidade das contribuições que recebeu, passou a ser editada semestralmente, já a partir do número 9. Desde 2001, já foram publicados seis números, e sempre os editores estão a brigar com o número excedente de páginas excelentes.
A partir de 2004, a revista ganha novo editor, a quem tenho o prazer de apresentar e de transferir esta herança editorial. O Prof. Helmut Renders é um pesquisador arguto e perspicaz e certamente terá muito a contribuir na produção teológica da FaTeo. Ao novo editor, relembro as palavras do Bispo Isac Alberto Rodrigues Aço, escritas na apresentação do primeiro número da revista, em julho de 1982, as mesmas que o Prof. Clovis repetiu no oitavo número: “temos portanto, a partir de agora, um fórum aberto”. Assim foi desde o primeiro número, mantê-lo aberto é, pois, o grande desafio do novo editor e dos/as articulistas da revista Caminhando.
Que estas páginas permaneçam abertas e se façam caminho.
Luiz Carlos Ramos
Editor de 2001 a 2003
SFfs
Com a reestruturação do setor editorial da Faculdade de Teologia, fui convidado a ser o novo editor desta revista.
Primeiro, como equipe, agradecemos ao prof. rev. Luiz Carlos Ramos pelo empreendimento e cuidado editorial mostrado desde o renascimento desta revista em 2001. Somos gratos também por sua disponibilidade para assessorar em questões de editoração e diagramação, mesmo tendo uma nova tarefa institucional, na área da coordenação pedagógica da Faculdade de Teologia, que está em pleno crescimento. Last not least, o prof. Luiz responde, ainda, por dois terços dos artigos dessa edição.
Minha decisão de aceitar a tarefa foi facilitada pelo fato de que posso me integrar a uma equipe editorial experiente, da qual fazem parte o prof. Hélerson Bastos Rodrigues (editor geral), Glória Maria D. L. P de Lima (secretária editorial) e prof. Otoniel Luciano Ribeiro (administrador). E temos também o Conselho Editorial, integrado por oito pessoas, presidido pelo Reitor Rui de Souza Josgrilberg.
Quem conhece esta publicação, perceberá leves mudanças. Estamos aproximando o formato da revista ao padrão de uma publicação científica. Esteticamente, optamos pela legibilidade; em cada página incluímos básicas informações da revista. Na próxima edição, teremos resumos e sumários bilíngües e palavras chaves. Esperamos, dessa forma, valorizar mais ainda a contribuição dos/as autores/as neste investimento da Faculdade de Teologia em construção e divulgação de conhecimento.
Seguindo a tradição da revista, os artigos contemplam variedade de temas e perspectivas. Wesley Pereira (A Palavra de Deus no Novo Testamento) investiga a relação entre o falar de Deus, Jesus como logos e as escrituras. João Santos (O “escravo” e a “mulher”: Desconstrução de tradição histórica e consciência identitária) fecha a seção Bíblia com uma análise de Gênesis 24, em busca de superar o encobrimento de pessoas anônimas no texto.
A seção Teologia e História é iniciada por Claudio Ribeiro (Por uma eclesiologia metodista brasileira). Ele desenha o caminho de uma eclesiologia metodista em diálogo com vozes do passado (pietismo) e mais recentes (teologia da libertação). Seu interesse está na prática contemporânea como foco na igreja local. José Carlos de Souza (O outro Jesus Muçulmano) parte do livro “O Jesus Muçulmano”, de Tarif Khalidi e compartilha conosco a apreciação singular de Jesus no âmbito muçulmano, memória valiosa e ferramenta de encontro entre as religiões. Helmut Renders (Papel social e subjetivação no metodismo nascente) relaciona o debate sobre sujeitos em sociedades complexas com a dinâmica do metodismo nascente e introduz na conversa a contribuição de Miroslav Volf a respeito.
Blanches de Paula (A fé como suporte nas crises) abre a seção Pastoral com uma explicação e aplicação das teses de Erique Erickson e James Fowler. Crises pessoais são vistas como partes integrais de estágios da fé em sua contribuição para o amadurecimento da pessoa. Josias Pereira (A cidadania e a melhor idade) faz ouvir as vozes de um crescente grupo da população brasileira. Com humor, interpreta a terceira idade como a melhor idade e destaca a sua contribuição para a sociedade. Luiz Carlos Ramos (A Prática Homilética de John Wesley) familiariza-nos com o ensaio “Princípios e Práticas da Pregação de John Wesley” de R. Heitzenrater; confronta o pregador John Wesley com os seus próprios princípios e relaciona as observações com os nossos dias.
Na secção da Humanas, Élton de Oliveira Nunes (O anjo pornográfico) estuda o papel de temas religiosos na obra de Nelson Rodrigues, ao redor de desejo, pecado, punição e redenção. Saulo Baptista (Religião e sociologia) lembra as diversas perspectivas sociológicas das religiões e sua origem “moderna” na busca de uma relação mais reconciliadora entre sociologia e teologia.
A resenha de Magali Cunha (O ministério diaconal e os desafios da fidelidade à tradição e da contextualização) apresenta os resultados de uma recente consulta sobre Diaconato na Igreja Metodista.
Desejamos uma leitura proveitosa e convidamos os/as leitores/as a entrarem em contato com os/as autores/as para construirmos mutuamente o conhecimento e aprofundarmos a nossa prática.
Helmut Renders
Editor
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