Sexualidade, saúde sexual e poder disciplinar no espaço escolar
Resumo
Este trabalho decorre de uma intervenção realizada entres os meses de agosto a outubro de 2016 numa escola estadual de segundo grau, localizada numa cidade de médio porto na Região do Vale do Paraíba, onde procuramos cartografar e mapear as vivências, as práticas, as relações entre os adolescentes e professores sobre o tema sexualidade/saúde sexual e reprodutiva. Neste sentido, compreendemos o ambiente escolar como redes de sujeitos (docentes, discentes, funcionários e outros sujeitos diversos que adentram este território), nossa intenção foi problematizar os dispositivos disciplinares em relação à sexualidade e saúde sexual e reprodutiva, situando a questão no cotidiano escolar, cartografado a partir de observações realizadas ao longo da primeira fase desta intervenção, compreendida por observações das rotinas escolares nos espaços comuns e conversas com direção, coordenação pedagógica e professores. O método utilizado foi a cartografia, que se refere não a territórios, mas a campos de forças e relações que se desdobram no tempo, ao se debruçar sobre figurações históricas em movimento permanente, significadas a partir de determinados regimes de enunciação de poder e saber. A partir das observações e narrativas construídas no percurso cartográfico, vimos que questões de sexualidade e saúde sexual e reprodutiva no espaço escolar não se limitam a uma ação redutível ao indivíduo, mas sim como efeito de complexas produções e práticas discursivas que se materializam e circulam por entre territórios, que além de instituir modos de subjetivação hegemônicos, constituem os sujeitos a partir da delimitação de relações de poder.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2176-1043/el.v22n2p127-147
ISSN IMPRESSO: 1415-9902
ISSN ELETRÔNICO: 2176-1043
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