Fundamentalismos, modernidades e tensões políticas globais. Sobre a religião politicamente mobilizada
Resumo
O "choque de civilizações" vem sendo uma fórmula fácil – embora amplamente contestada – para compreender as relações, sobretudo, entre o "Ocidente" e o "mundo islâmico". O problema, contudo, é que tal choque não existe. O que há – e nisto consiste a tese deste artigo, baseado em pesquisas em vista da próxima publicação de um livro (SCHÄFER, 2008) – é uma contenda entre fundamentalistas ocidentais e fundamentalistas islâmicos. São eles que querem nos fazer acreditar que existe um choque de civilizações, em vez de um choque de fundamentalismos. O objetivo é conseguir o apoio público para a causa fundamentalista. O efeito desejado é fazer desaparecer o velho conflito básico – a injusta distribuição das riquezas do planeta – atrás de estratégias religiosas de identidade.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v22n35p108-136
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por Olívia Pena (25-12-2017)