Neurociência e religião: as pesquisas neurológicas em torno da experiência religiosa
Resumo
Desde o caso Galileu, ciência e religião se opuseram e, muitas vezes, confrontaram por causa das direções dos seus olhares: uma em direção ao mundo e a outra em direção ao outro mundo. Atualmente, porém, os neurocientistas defendem que se pode estudar de um ponto de vista objetivo as experiências religiosas por meio de metodologias de neuro-imagem e de visualização in vivo da atividade cerebral. Este artigo pretende analisar se é possível descrever a experiência religiosa em termos neurológicos. Procura-se indicar como a experiência religiosa é tratada, continuamente construída e reconstruída por meio da implementação de diversos dispositivos experimentais e teóricos. O corpo de referência é constituído por uma série de estudos recentes que procuraram descrever as bases neurais de experiências religiosas diferentes entre si. Os resultados indicam que o pesquisador pode ter acesso aos efeitos (cerebrais, eletrofisiológicos, comportamentais) da experiência, mas nada pode dizer deles se não confrontar esta experiência com o self-report dos sujeitos. Apenas pode realizar um mapeamento formal dos efeitos.
Palavras-chave
Neurociência; Religião; Fenomenologia.
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v25n41p77-96
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Comentários sobre o artigo
por Pedro Caio Farias (25-04-2018)
por Pedro Caio Farias (02-05-2018)
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