Relações de gênero na história da recepção: o olhar de Antônio Conselheiro sobre Maria das Dores
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar como a concepção de Maria, entendida como a "Maria das Dores", serviu como modelo de mulher para Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Conselheiro. O motivo para tal escolha é que, em um de seus discursos, Conselheiro a menciona como exemplo de vida e modelo incorruptível de mulher. Para tanto, tomando o gênero como categoria de análise, será observado o discurso do religioso sobre a figura de Maria como modelo arquetipal de mulher e como fundamentadora da visão patriarcal e androcêntrica da época. Tal análise dar-se-á em diálogo com o contexto histórico de Conselheiro a fim de se compreender em qual contexto o religioso está inserido e de que forma Maria, vista por ele como a Maria das Dores, é destacada como exemplo de mulher sensível ao sofrimento da pobreza e da calamidade, atuando em obediência e silêncio, mas sem recuar perante as dificuldades.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2176-0985/mandragora.v19n19p75-86
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