O uso de narrativas na pesquisa psicanalítica do imaginário de estudantes universitários sobre o cuidado materno

Tania Marques Granato, Renata Costa de Toledo Russo, Tânia Maria José Aiello-Vaisberg

Resumo


Tomando o narrar como conduta através da qual a experiência humana é resgatada do esquecimento pelo narrador que, transmitindo-a de maneira absolutamente singular abre ao outro a possibilidade de viver uma nova experiência, propomos o uso de narrativas como procedimento investigativo dos campos de sentido que fundamentam concepções e vivências na área do cuidado materno e se articulam com o imaginário. Primeiramente elaboramos a parte inicial de uma narrativa que veiculasse um conflito materno, como os que frequentemente observamos em nossa clínica winnicottiana da maternidade, para apresentar a um grupo de estudantes de Educação Física, convidando-os a completar aquela história como lhes aprouvesse. Em seguida, contamos o final da história, previamente criado para esta pesquisa, encerrando o procedimento com um momento de reflexão do grupo sobre a experiência materna, então presentificada pela narrativa. Nossos achados preliminares, brevemente descritos neste trabalho, indicam o potencial heurístico de tal procedimento que, respeitando a regra fundamental do método psicanalítico – associação livre e atenção flutuante – presta-se não somente à investigação dos sentidos que sustentam a experiência humana, como também ao questionamento e/ou modificação de idéias pré-concebidas e posturas assumidas diante dos conflitos apresentados.


Palavras-chave


Narrativa oral, maternidade, imaginário, psicanálise.

Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v17n1p43-48

Indexadores

         

 

Licença Creative Commons

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional