Da literatura à psicanálise implicada em Lavoura arcaica
Resumo
Pareyson define arte sob três dimensões: conhecer, exprimir e fazer. Mediante a análise dessas dimensões, desenvolve a "estética da formatividade". Sendo uma forma, a arte é um fazer que, enquanto faz, inventa um por fazer e como fazer. Para Merleau-Ponty, o artista inventa algo que, somente aos olhos do espectador, atinge expressão artística – é o trabalho do espectador o que leva a efeito a operação expressiva. Considerando as concepções desses dois autores, estudamos a relação arte-psicanálise ao partir daquela para esta. Mais especificamente, este artigo trata da relação literatura-psicanálise, partindo do romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, à psicanálise, em sua acepção formativa: um fazer que, enquanto faz, inventa um por fazer e como fazer. Por tratar da vida humana e suas trágicas vicissitudes, o romance de Nassar nos remeteu a questões propostas por Freud, presentes em "O mal-estar na cultura", e ao embate empreendido a elas por Reich.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v16n1p43-50
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