Hermenêutica e Foucault: a criação de modos de resistência e reexistência
Resumo
Este trabalho, apresentado em forma de ensaio filosófico e pedagógico, propõe experimentar modos outros de escrever e interpretar os conceitos de Michel Foucault. Para desenvolver a analítica, parte-se de três conceitos basilares: saber (arqueologia), poder (genealogia) e subjetividade (arqueogenealogia). A tese que se instaura é que a interpretação se dá na articulação entre movimentos recíprocos de interioridade e exterioridade do sujeito –constituído pelos discursos, pelos jogos de poder e pelas tecnologias de si – que, para significar o mundo, dá nomes e, assim, sentido para a existência. Como resultado, o trabalho propõe pensar a hermenêutica foucaultiana como transgressora, não pelo seu caráter subversivo, mas pela possibilidade de funcionar como ferramenta teórica e metodológica. Interpretar é, nessa perspectiva, projetar o espaço-outro, o tempo-outro e a vida-outra, indagando o impacto da crise anti-intelectualista e negacionista.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v10n1p195-208
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