Um mundo como horizonte para todos os mundos
Resumo
Da ideia de mundo-da-vida nos §§ 9, 36, e 71 na Crise das Ciencias Européias e a Fenomenologia Transcendental (Trad. Franc. 1976) analisamos suas implicações sociais e éticas. A carta de Husserl a Lucien Lévy-Bruhl exemplifica como Husserl pretendia uma aproximação da fenomenologia com a antropologia científica que estuda a pluralidade de mundos entre os povos primevos. Afirmamos que a ideia husserliana do mundo-da-vida não significou somente um novo solo para a compreensão das ciências ou um outro começo para a fenomenologia (na vivência dos sedimentos sociais de sentido e a relação da passividade com a atividade). Assume, igualmente, um caráter crítico à tecnociência projetando a futura da matematização algébrica da vida (algoritmos) que Husserl desde Galileu a previsão da algoritimização universal abstrata inaugurada por Alan Turing. Trouxe também implicações importantes para as questões sociais e políticas com uma outra visão da pluralidade cultural e dos mundos particulares através da visão de um mundo de horizonte universal de sentido que abriga todos os mundos possíveis. A questão ética sobre a pluralidade humana ganha novos contornos bem como a discussão sobre a globalização e a máquina global.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v9n2p181-196
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.