Feuerbach e a reivindicação da sensibilidade: uma crítica à filosofia hegeliana
Resumo
A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach ao fundamento especulativo e expositivo da filosofia hegeliana. Para tando considera-se aqui como fontes o seu escrito A Karl Riedel: Para a rectificação do seu esboço (1839) e Para a crítica da filosofia de Hegel (1839). Tal crítica questiona o caráter atribuído à filosofia de G. W. Hegel como a filosofia definitiva, pois implicaria a supressão dos “pressupostos reais determinados” com base nos quais toda e qualquer filosofia vem concebida, ou seja, como determinada particular e finita. Na medida em que Hegel não assume tais pressupostos, mas inicia a sua reflexão com um “conceito de começo”, do “ser puro”, na sua Ciência da Lógica (1812), Feuerbach sustentou que a filosofia hegeliana é mera exposição e demostração de pensamentos, terminando por ser um “monólogo da especulação” consigo mesma, que não dialoga com o seu Outro, o entendimento, o ser sensível, real e empírico e, assim, caracterizando-a como formal, circular e abstrata. Não se trata aqui de negar a atividade especulativa, mas de “integrá-la” e dialogá-la com a atividade empírica, com o Outro do pensamento, o que se dá por meio da “dialética”, materialmente considerada, a qual leva em consideração as mediações reais e sensíveis para tal.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v9n1p3-14
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