Juventudes e educação: invisibilidades e emergências no percurso histórico brasileiro
Resumo
O objetivo deste artigo é discutir a temática das juventudes e sua relação com a educação, adotando como recorte as concepções existentes a respeito desse período da vida no percurso histórico brasileiro. Como metodologia optou-se pela revisão da literatura, com o levantamento de pesquisas e discussões correlatas. Após a análise levantou-se a discussão de que, embora os jovens apareçam na cena social, eles são sempre vistos (ou quase não vistos) como sujeitos incompletos, imaturos irresponsáveis e, assim, desacreditados. São nomeados genericamente, o que torna ausente suas diferenças, divergências e multiplicidades. Considerou-se que um trabalho de percepção das diversidades (conhecimentos, tempo linguagens) que ultrapasse as noções universais descritas para os jovens é necessário para fazer emergir novas concepções que possibilitem a juventude brasileira ser sujeito de sua própria história. A educação e a escola, ao passo que reproduzem o modelo e a visão fragmentada desse período da vida, também são capazes de contribuir para a construção de novos significados do ser jovem, nos quais a diferenças e a alteridade sejam valorizados. Nesse campo a ação educativa assume importante papel, pois possibilita a ressignificação da concepção social a respeito da juventude, produzindo novos sentidos que deem lugar à transformação social.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.15603/1679-8104/ce.v17n35p3-22
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.