Prevalência da síndrome de Burnout em professores de uma instituição de ensino superior - DOI: http://dx.doi.org/10.15602/1983-9480/cmedh.v14n28p61-70
Resumo
Objetivo: Avaliar a prevalência da Síndrome de Burnout (SB) em professores de uma Instituição de Ensino Superior (IES) da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, verificando suas possíveis associações com variáveis sócio-demográficas, laborais e fontes de estresse percebidas no trabalho. Metodologia: Estudo transversal e descritivo. A amostra do estudo foi composta por 120 professores. Como instrumento de pesquisa, utilizou-se o Maslach Burnout Inventory para avaliar a presença da SB, além de um questionário sociodemográfico para o levantamento das demais variáveis. Resultados: Os resultados revelaram que 10,8% (n=13) dos sujeitos apresentaram a SB, 21,7%(n=26) não a apresentaram e 67,5% (n=81) apresentaram quadro sintomatológico limítrofe. Em relação às dimensões que compõe a SB, 19,2%(n=23) apresentaram exaustão emocional, 22,5%(n=27) despersonalização e 75%(n=90) reduzida realização profissional. As variáveis demográficas como idade (professores mais jovens) e turnos de trabalho (maior número de turnos) apresentaram associação estatisticamente significativa com a dimensão exaustão emocional; a variável sexo (masculino) com a dimensão despersonalização; e a variável carga horária (mais carga) com pouca realização profissional. Houve uma tendência à exaustão emocional (embora não significativa, mas limítrofe) para professores doutores (p=0,072). Sobrecarga de trabalho, mau comportamento dos alunos, multiplicidades de papeis a desempenhar e execução de atividades burocráticas foram os fatores de estresse mais mencionados pelos professores. Conclusão: A SB é um problema grave e prevalente entre professores. As instituições de ensino superior devem estar alertas e estabelecer campanhas de prevenção que visem diminuir sua incidência e impacto.
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