Liturgia protestante dos séculos XVI e XVII e seus reflexos no protestantismo brasileiroASILEIRO
Resumo
O protestantismo de missão no Brasil sempre manifestou forte aversão a livros litúrgicos. Essa atitude é consequência direta das mudanças litúrgicas promovidas por reformadores do século XVI e da Assembleia de Westminster (século XVII). Enquanto Lutero e Calvino defenderam o equilíbrio formal entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia da Mesa (eucaristia), Zwínglio e Farel privilegiaram a primeira, criando nas congregações que os seguiram profundo desprezo pelos sacramentos, o que contribuiu para o forte individualismo protestante. Essa tendência culminou no “Diretório de Culto” aprovado pelos teólogos puritanos da Assembleia de Westminster, que transformaram a ordem de culto em um “manual de instruções”, o que significava, na prática, uma proposta litúrgica sem liturgia. O Diretório de Westminster encontrou receptividade no protestantismo norte-americano, do qual deriva o protestantismo brasileiro através das iniciativas missionárias do século XIX. Tais aspectos da reforma nos ajudam a compreender a pobreza litúrgica do protestantismo que se consolidou no Brasil.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.15603/1677-2644/correlatio.v19n1p105-128
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.