A Construção das Diferentes Experiências no Ensino Médio Público
Resumo
A partir da teoria da experiência de François Dubet e da metodologia de Bernard Lahire - análise das redes de interdependência1 - este artigo traça três diferentes perfis de alunos do ensino médio público noturno (interessados e disciplinados, menos interessados e indisciplinados e, por fim, os evadidos), encontrados em pesquisa empírica realizada pela autora na época em que cursou o mestrado. Além disso, aponta as razões dos diferentes caminhos seguidos por esses estudantes e os significados que eles atribuem à escola. Enfim, tece as experiências díspares que os educandos, influenciados pela bagagem que trazem de ambientes externos à escola, constroem dentro desta chegando às seguintes conclusões: a escola representa, sobretudo, um importante espaço de sociabilidade, no qual os alunos que se evadem o fazem, principalmente, porque não conseguem torná-la sociável. Os alunos que têm facilidade para se integrarem ao mundo escolar e que constroem projetos de vida ligados a ele tendem a produzir experiências positivas. Já aqueles que demonstram dificuldades para assimilar os conteúdos e não possuem esses projetos normalmente, ao se sentirem aquém dos "bons alunos", "arranham" a sua autoestima e constroem experiências menos positivas.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v16n2p47-60
Programa da Pós Graduação em Educação
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