Preceitos para bem viver: um estudo sobre manuais de civilidade e etiqueta na década de 1950
Resumo
O período posterior às guerras mundiais demandou a reinvenção das convivências, do sentimento de pertença e das formas de distinção. O presente artigo discutirá as leituras de formação, mais precisamente, manuais de etiqueta e boas maneiras produzidos para contribuirem no processo de reabilitação dos modos compreendidos como civilizados, no sentido de compreender as concepções do que é civilizado em cada tempo, as formas mobilizadas para internalizar os hábitos, os tipos de conteúdos divulgados e quais eram os ensinamentos propostos na literatura sobre boas maneiras.. Como corpo documental foram selecionados dois manuais de boas maneiras produzidos na década de 1950, editados e comercializados no Brasil, intitulados Aprenda boas maneiras, da autora Dora Maria (1958) e Boas maneiras, da autora Carmen D’Ávila (1958). A análise dos documentos sinalizou que a formação proposta nos dois manuais se constrói a partir de lugares diferentes que convergem para uma mesma organização. As considerações elaboradas a partir da discussão com as propostas por Norbert Elias sobre o tema, a abordagem de alguns conteúdos e a análise da materialidade permitiram evidenciar a continuidade dessa demanda por formação e o potencial de alcance das prescrições.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v24n3p191-211
Programa da Pós Graduação em Educação
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