O lugar do sujeito na contemporaneidade e na psicanálise: questões éticas
Resumo
A proposta do artigo é contribuir para o debate em torno das formas de subjetivação contemporânea. Nessa direção, fazemos a necessária distinção entre a psicanálise em intensão e a psicanálise em extensão. Situamos, a partir da teoria lacaniana a “ética do bem dizer” e discutimos a tese freudiana sobre o declínio da imago do pai na cultura e seus efeitos nas formas de subjetivação dos sujeitos modernos. Um breve percurso histórico sobre o questionamento do lugar simbólico do pai e da família é realizado visando estabelecer uma diferença entre a imago paterna e a função paterna, esta última fundamental na estruturação subjetiva, a partir das formulações lacanianas. Nesse sentido, colocamos em cena o atual debate entre os psicanalistas adeptos da NEP – nova economia psíquica – por um lado e a posição daqueles que não concebem a noção de sujeito do inconsciente como homóloga à noção de subjetividade, pondo em relevo o objeto da psicanálise. Nesse sentido, apontamos para a necessária discussão e problematização do conceito de sujeito para a psicanálise. A conclusão aponta para a escansão do caráter sincrônico da estruturação subjetiva a despeito da diacronia a que estão sujeitas as subjetividades e para a necessidade de, a partir de uma certa concepção de sujeito, fazer a teoria psicanalítica trabalhar em suas conexões com outros campos do saber humano.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15600/2236-9767/impulso.v21n52p65-74
ISSN Eletrônico: 2236-9767